domingo, 9 de março de 2008

A Marcha da Indignação.

Estou de volta e satisfeito.
A Primavera este ano chegou mais cedo.Abril renasceu mesmo nos espiritos mais cépticos e há muito que não se assistia a uma manifestação desta dimensão com 100.000 participantes, trazendo à memoria o já longinquo 1º de Maio de 74. Ver tantos professores unidos na defesa do direito ao trabalho, exigindo respeito e reclamando serem tratados com dignidade, só pode significar que esta espécie de Democracia em que vivemos, não está consolidada.Um País que não respeita, não apoia nem acarinha os seus Professores, não pode estar interessado no desenvolvimento das mentalidades, na ciência e na cultura.Um Governo que cria e alimenta uma politica de destruição sistemática da imagem dos trabalhadores dos sectores da Saúde, Justiça, Ensino, Função Pública e Administração Autárquica, tentando virar a opinião pública contra estes profissionais, não pode merecer a confiança dos Portugueses.Politicas reformistas não podem ser confundidas com actos de prepotência ou com medidas reveladoras de desprezo ou até de sentimento de ódio pelos mais fracos, porque isso não mostra nobreza de carácter, coragem ou visão politica, mas tão sómente cobardia ou falta de sensibilidade social.Presentemente, as pessoas não contam, importantes são os números para estatisticas nada preocupadas com problemas sociais como a pobreza, o desemprego e o envelhecimento do País.
Ontem foi dado um sinal muito importante, algo terá de mudar, resta saber se mudam as politicas e salva-se o Governo, ou se o Governo se afunda por incapacidade e teimosia.

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